17.09.2025 - 10:53 - Redação
O futuro do Estádio Olímpico, um dos maiores símbolos da história do Grêmio, está próximo de ser definido. Depois de mais de uma década de impasse, o clube finalmente conseguiu avançar nas negociações para assumir oficialmente a Arena e entregar o antigo estádio às empresas OAS 26 e Karagounis, ligadas à Caixa Econômica Federal.
A mudança de gestão, com a entrada do empresário Marcelo Marques, foi fundamental para destravar o processo. Ele comprou dois terços da dívida da Arena por R$ 80 milhões, enquanto o próprio Grêmio assumiu os outros R$ 20 milhões. Com essa operação financeira, a penhora judicial sobre a Arena foi retirada e abriu-se caminho para a esperada troca de chaves.
Com o processo praticamente concluído, a expectativa é que o acordo seja oficializado até o fim do ano. A partir daí, o Olímpico será demolido e o terreno deve ser transformado em um grande empreendimento imobiliário. A ideia é construir prédios residenciais para gerar retorno financeiro às empresas responsáveis, embora ainda seja necessário firmar parcerias com construtoras para viabilizar o projeto.
A prefeitura de Porto Alegre acompanha de perto as negociações, assim como o Ministério Público, e ainda avalia a possibilidade de isenção do ITBI, imposto que pode custar ao Grêmio entre R$ 10 e R$ 30 milhões.
Inaugurado em 1954, o Olímpico foi palco de momentos históricos, como conquistas da Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. Desde o último jogo oficial, em 2013, o estádio foi usado para treinamentos da Brigada Militar e da Polícia Civil, além de receber eventos pontuais.
Hoje, o local está cercado por seguranças privados e até árvores surgiram no gramado. A demolição marcará o fim de um ciclo e transformará o clube em uma potência imobiliária, já que a Arena, avaliada em cerca de R$ 1 bilhão, será incorporada ao patrimônio do Grêmio, substituindo o Olímpico, estimado em R$ 400 milhões.
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