Manchester United bate recorde de receita de R$4,8 bilhões após corte de 300 funcionários

17.09.2025 - 14:40 - Redação

O Manchester United registrou receitas recordes de R$4,8 bilhões, mesmo após seu pior desempenho na Premier League, terminando em 15º lugar. O resultado financeiro histórico foi impulsionado principalmente pelo corte de custos promovido pelo grupo Ineos, liderado pelo minoritário Sir Jim Ratcliffe, que resultou na demissão de mais de 300 funcionários.

Apesar do aumento da receita, o clube ainda registrou prejuízo líquido de R$239 milhões, uma melhora significativa em relação ao prejuízo de R$820 milhões do ano anterior, mostrando que a reestruturação trouxe impacto financeiro positivo.

O crescimento das receitas veio principalmente de dias de jogo e contratos comerciais, com destaque para o patrocínio principal da Snapdragon, que elevou a receita comercial a patamares inéditos.

O clube também atingiu um EBITDA de R$1,32 bilhão, o maior de qualquer time europeu desde a pandemia, reforçando sua solidez financeira mesmo em um período turbulento. Esse indicador é visto como um dos principais para medir a performance econômica de clubes de futebol e evidencia a eficácia das medidas de contenção de custos implementadas pelo United.

Além das mudanças financeiras, o clube também investiu na infraestrutura e no fortalecimento das equipes. A sede do time masculino em Carrington passou por uma reforma de R$362,5 milhões, concluída dentro do orçamento, enquanto as instalações do time feminino também receberam melhorias significativas.

O CEO Omar Berrada destacou que o clube mantém planos de construir um novo estádio em Old Trafford, dentro de um projeto de revitalização da região, mostrando que o United busca equilibrar resultados financeiros e ambições esportivas de longo prazo.

Os salários dos jogadores caíram para R$2,27 bilhões, impactados pela ausência na Champions League e pela saída de atletas de alto salário.

As despesas operacionais totais somaram R$5,32 bilhões, com aumento em outros gastos relacionados à transição para um novo modelo de comércio eletrônico. A dívida histórica do clube, resultado da aquisição alavancada pela família Glazer há 20 anos, permanece em R$ 3,445 bilhões.

Apesar do desempenho abaixo do esperado dentro de campo, o Manchester United demonstra resiliência financeira e foco na recuperação. O clube combina corte de custos, investimentos em infraestrutura e contratos comerciais estratégicos para garantir sustentabilidade econômica e fortalecer suas equipes.

Para a direção, o equilíbrio entre desempenho financeiro e sucesso esportivo será crucial nas próximas temporadas, enquanto o Manchester United trabalha para reconquistar seu prestígio e manter a competitividade na Premier League e nas competições europeias.

Nota: As conversões de valores para BRL foram feitas com base na cotação do dia da publicação e podem variar conforme o câmbio.

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